Não tenho hoje grandes dúvidas de que a saída de Sócrates do governo é uma questão de tempo. Será uma questão de horas, de dias, de meses, não sei. Mas dá para perceber, com absoluta clareza, que a canalha está imparável, na ânsia de poder ostentar na parede da sala a cabeça de Sócrates, reduzindo o tão ameaçado Estado de direito a um pormenor.
A reiterada, grosseira e impune violação do segredo de justiça é um pormenor, a ostensiva desobediência às decisões dos tribunais outro pormenor. É um pormenor tudo o que se atravesse no caminho entre a canalha e Sócrates.
Á canalha não tardarão a juntar-se, em breve, alguns abutres socialistas, que já vão batendo as asinhas, e que, à boleia, pretenderão tomar em mãos o poder dentro do Partido Socialista, o poder que os militantes lhes negaram nas urnas.
É verdadeiramente impressionante constatar como o ódio de alguém, ou de um conjunto de 'alguéns', pode ser tamanho ao ponto de se proporem a destruir o objecto do seu ódio com evidente sacrifício dos seus próprios direitos e liberdades individuais.