Ainda a propósito da recente polémica entre o ministro da agricultura e Paulo Portas, Ana Gomes veio alertar para a existência de cumplicidades entre um certo PS e o líder do CDS/PP, com o objectivo de proteger este último das desventuras da vida.
Por uma vez estou de acordo com a eurodeputada socialista. A pouco mais de um ano das eleições legislativas e com a crescente turbulência que ameaça a actual liderança do PSD, importa agora que o Partido Socialista concentre todos os seus esforços em proteger Luís Filipe Menezes.
Ana Gomes sobre as desabridas declarações do ministro Jaime Silva em resposta a Paulo Portas. No fundo, no fundo, é tudo uma questão de estilos.
Mas onde estão o Marco António, o Ribau e os outros, quando é preciso alguém para vir explicar aos portugueses quem é o líder do PSD?
Raúl sucede a Fidel. É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma (?).
«António de Oliveira Salazar era um aprendiz de feiticeiro ao pé de José Sócrates».
Pode até ter cara de puto, mas de ditadores percebe ele!
Santana Lopes já veio esclarecer que a auditoria às contas do PSD, anunciada por Ribau , tem como único objectivo «assegurar a credibilidade» das mesmas.
Num mundo dominado pelo mediatismo e imediatismo, a "capacidade de reacção" é uma característica fundamental para qualquer líder político que almeje o triunfo. Menezes sabe-o (e se não soubesse o Cunha Vaz e os Associados explicavam-lhe).
É assim que rapidamente o líder do PSD arranjou o seu próprio Tabu para contrapor ao de Sócrates: Chegará Menezes às próximas legislativas? Bravo!
O Tribunal de Contas recusou hoje o visto ao pedido de empréstimo apresentado pela Câmara de Lisboa. «Vacuidade», «insuficiência e falta de sustentabilidade», são apenas algumas das considerações do Acórdão que, no mínimo, farão corar António Costa.
Se é este o tipo de retórica utilizada pelo Tribunal a propósito do Plano de Saneamento Financeiro da autarquia lisboeta, então eu não consigo, sequer imaginar, o que terão escutado os responsáveis pela ruptura orçamental!
Ainda a propósito desta coisa «desagradável» da Somague e do PSD - e peço desculpa por voltar a tocar no assunto - fiquei com alguma curiosidade em saber como terá a Somague registado nas suas contas a saída dos tais 230 mil euros. Isto, claro está, partindo do princípio que havia registado a sua entrada
Segundo Ribau Esteves (quem mais?!) a actual direcção do PSD considera ter existido um «desleixo» na origem desta «situação desagradável», entenda-se o pagamento pela Somague de despesas de campanha do PSD no montante de 230.000 euros.
Para a direcção de Menezes parece não existir substancial diferença entre um par de peúgas espalhado pelo quarto e o financiamento ilegal dos partidos políticos.
Porém, Ribau não esclarece a quem é imputável o desleixo, ou qual a natureza do dito. Terá sido o desleixo da Somague que deveria ter feito o donativo em "Cash" e entregue em malas na S. Caetano? Ou terá sido desleixo do PSD que se esqueceu de pedir que a factura, ao invés de cartazes e autocolantes, mencionasse sacas de cimento e paletes de tijolos destinados a construir um Portugal melhor?
Luis Filipe Menezes pode até ter razão quando afirma «este meu PSD não tem nada a ver com isso», já a espirituosa resposta do seu secretário-geral, é absolutamente reveladora do que pensa o seu PSD, sobre a sempre eterna questão do financiamento partidário.
Estas militantes linhas poderiam ter sido escritas por Pacheco Pereira. Mas não foram. Seria interessante escutar o que tem a dizer José Pacheco Pereira sobre estas linhas extraídas de notícia do «Público». Aguardamos sentados. Enquanto o tempo passa por um banco no jardim de S. Amaro.
Nos comentários à entrevista de José Sócrates na SIC, a oposição (da direita à esquerda, dentro e fora do espectro partidário) insiste na imagem de um primeiro-ministro «que vive noutro mundo».
Apetece perguntar, Onde está então, neste mundo, uma alternativa substantiva, consistente e credível?
Os agricultores de Algés, Dafundo, de Sacavém, da Bobadela e da Baixa de Setúbal não poderiam estar mais contentes com o anúncio do sucesso das suas colheitas.
A jornalista Maria Elisa Domingues é suspeita de ter tido acesso a "Inside Information".
Os professores que no passado fim-de-semana compareceram à porta da sede nacional do Partido Socialista terão sido convocados por Manuel Alegre para um encontro-reflexão-debate sobre o estado da educação em Portugal e para o qual estava mesmo prevista a selecção da nova ministra da educação.
Por um lamentável lapso dos serviços administrativos socialistas, terá sido confundida esta iniciativa com uma outra que, sobre o mesmo tema, fora convocada por José Sócrates.
Com o auditório ocupado por Sócrates e a consequente impossibilidade de ali realizarem o seu encontro-reflexão-debate, os convocados de Alegre fizeram questão de mostrar o seu profundo desagrado pelos transtornos decorrentes do lapso organizativo, apupando ruidosamente a entrada do secretário-geral dos socialistas.
Com as suas mais recentes declarações, em que assegura, caso vença as próximas eleições legislativas, «não encerrar qualquer serviço público [no interior do país]», Luís Filipe Menezes consegue, em apenas 6 semanas, desmantelar a sua anterior linha ideológica e programática .
Se Sócrates parece estar em «fim de ciclo», já Menezes parece apostado em continuar com o mesmo circo.
É hoje claro que para Manuel Alegre o Partido Socialista se resume a um domínio onde o deputado aloja o seu movimento político, com óbvia economia das maçadas administrativas e financeiras associadas à constituição de uma nova formação partidária.
A sua próxima iniciativa passa por convocar uma "Convenção da Esquerda", para a qual, fez saber, também convidará a direcção do PS. Seguramente com o estatuto de "Observadores".
Com este exercício de psicanálise ministerial, Alberto Costa revela-nos que os agentes daquela força policial são pessoal e profissionalmente formados para não ligarem “puto” ao que diz o seu Director Nacional.
A mais recente escapadela de Pedro Santana Lopes está a gerar alguma polémica, havendo quem nela queira ver sinais de fricção com a direcção partidária, também de malas prontas. Santana desdobra-se em desmentidos garantindo a articulação com Menezes. Aparentemente combinaram cada qual fazer o seu caminho.