Há por aí muita e boa gente que de cada vez que ouve falar em Manuela Ferreira Leite sente um arrepio na espinha. E não, não é qualquer espécie de temor reverencial inspirado pela sua figura austera. É, isso sim, a lembrança de 3 anos de congelamento de salários na Administração Pública.
O problema da liderança errática de Menezes e da consequente falta de credibilidade, poderá, com Ferreira Leite, transformar-se num sério problema de excesso de credibilidade. É que ninguém tem dúvidas do que esta senhora é capaz.
Agora que a violência parece circunscrita ao interior da esquadra da PSP local, a segurança e tranquilidade poderão estar de regresso às ruas de Moscavide.
A crer nas notícias que nos vão chegando sobre a disputa da liderança no PSD, avizinham-se dias difíceis para a candidatura do ex-líder da da JSD.
Ainda com um mês de campanha pela frente, o mais pequeno deslize de Pedro Passos Coelho poderá deitar por terra toda a sua estratégia, correndo o sério risco de vir a ser eleito líder do PSD, já no próximo dia 31 de Maio.
O Presidente da República fez saber que pretende reunir a breve prazo com representantes do movimento associativo juvenil, para em conjunto analisarem os resultados do estudo que dá conta do profundo desconhecimento e desinteresse político da nossa juventude.
«Bom dia, o meu nome é Aníbal Cavaco Silva e sou o Presidente da República de Portugal» será, pois, a forma óbvia de iniciar os trabalhos.
Uma coisa é ter sete vidas, como os gatos, outra, bem diferente, é ser imortal. Temo bem que Santana Lopes venha a descobrir a diferença demasiado tarde.
Informamos que este país não é aconselhável para presidentes facilmente impressionáveis.
Por mais que me esforce não consigo encontrar uma explicação racional para a candidatura de Pedro Santana Lopes à liderança do PSD. Se há alguém que teria toda a vantagem em ficar calado e assistir do balcão a tudo o que se está a passar, esse alguém seria justamente Santana Lopes.
Ao contrário de Manuela Ferreira Leite (tantas vezes prometida e adiada), não impende sobre ele qualquer espécie de obrigação moral de avançar com uma candidatura, tão pouco carece da necessidade de afirmação que lhe garanta um espaço de intervenção no futuro, como parece ser o objectivo de Pedro Passos Coelho.
Porque corre, então, Santana? Porque não consegue ficar parado. Santana avançará porque é inconcebível para o seu ego a ideia de que seja escrita uma página decisiva na vida do PSD sem que o seu nome nela fique gravado.
Perante a possibilidade de uma candidatura de Alberto João Jardim à liderança do PSD, os portugueses voltam-se para Belém na expectativa do próximo boletim meteorológico.
O parlamento português vota hoje o texto do Tratado de Lisboa. Depois da conclusão da CRIL, do alargamento do espaço Schengen, ou da inauguração da ponte da lezíria, o País ansiava por um novo «momento histórico»
Na sua prédica de 30 de Setembro Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o silêncio de Manuela Ferreira Leite no confronto entre Menezes e Mendes, comentava: «Não vou fazer a injustiça de dizer que ela pensa que tem hipóteses no futuro, porque eu já aqui disse, se não tinha hipótese antes, agora com Menezes não tem hipótese alguma».
Sete meses volvidos e o Professor não tem dúvidas de que «Manuela Ferreira Leite está na posição única, em termos de oportunidade de avançar».
Será correcto concluirmos que Manuela Ferreira Leite (MFL) é o inverso de Luís Filipe Menezes (LFM)?
Mas quem querem impressionar com esta «Vaga de Fundo»? O problema de Luís Filipe Menezes não é com o PSD, é com o País!
«Se os que tiveram medo há três meses, agora perderam o medo porque cheira a poder, então que venham. Afirmem-se , não falem para os jornais, falem para os militantes e eu convoco eleições.» - DN, 15 Jan. 08
A propósito do entendimento entre o ministério da educação e os sindicatos de professores, o líder do PSD fez ontem a denúncia pública dos propósitos do governo socialista.
Para Luís Filipe Menezes é claro que o governo «quer de qualquer maneira, a qualquer preço, ganhar as eleições de 2009».
A indiscutível autoridade moral de Menezes, que tudo tem feito para perder as próximas eleições, atribui especial relevância a esta acusação.
Sucedem-se as notícias que nos dão conta de um paulatino desmantelamento do processo de avaliação dos professores.
Espero sinceramente que toda a dinâmica e capacidade de mobilização que a classe e os sindicatos evidenciaram neste combate, possa traduzir-se, a breve prazo, em propostas para a construção e implementação de um modelo de avaliação alternativo.
Luís Filipe Menezes não se conforma com a permanente fuga de Sócrates e do PS, ao debate sobre uma nova Constituição para Portugal.
Ângelo Correia deu ontem indicações a Pedro Passos Coelho para intensificar o aquecimento. Entretanto, já deverá estar à procura de um novo craque para substituir o ex-líder da JSD, no banco.
Repescando a tese «dos hormônios», poderemos concluir que a minha ponte é maior do que a tua?
Face aos primeiros números conhecidos da sondagem do Expresso, não será difícil antever a satisfação com que Luís Filipe Menezes acordará para o dia de amanhã.
Por um lado, confirma-se a queda do PS, que assim se aproxima perigosamente do patamar dos 42%, enquanto o PSD passa a mítica fasquia dos 30%, por baixo. Números que vêm confirmar a tese de Menezes, tão criticada ao tempo, segundo a qual «Nós [PSD] ainda não merecemos estar claramente à frente do PS nas sondagens».
Tudo corre como previsto para os lados da S. Caetano e o futuro parece finalmente sorrir para o líder do PSD, ainda que com profunda ironia.