Este blogue está na posse de um DVD que nunca esteve na posse das autoridades inglesas, ou de quaisquer autoridades de outra nacionalidade.
No DVD a que o blogue «do baixo, AO ALTO» teve acesso, cinco homens e uma mulher, ao longo de largos minutos, emitem grunhidos vários alegadamente em troca de um valioso presunto de porco alentejano. Brevemente Já disponível, num blogue perto de si...
Um trabalhoso repasto, ao qual apenas faltou o golo de Portugal à sobremesa, e chegamos ao Pavilhão Multiusos de Ourique a tempo do 'encore' dos Deolinda. Nem meia horinha de atraso, sem contemplações. Valeu-nos a incansável actuação de um fantástico duo, cujo nome não conseguimos até à data confirmar, que com o seu ecléctico repertório nos acompanhou noite dentro, tasquinhas fora.
Agora, depois de umas retemperadoras migas, é tempo de avançar até ao local dos trabalhos, onde nos espera o célebre concurso de grunhidos...
Depois da experiência, bem sucedida, de cobertura em directo das recentes Convenções e Congressos partidários, por parte de alguns blogues de referência, este blogue ruma amanhã a Ourique - Capital do Porco Alentejano - para uma reportagem especial em directo das III Jornadas Gastronómicas "Sabores do Porco Alentejano". Um fim-de-semana a prometer muito fon-fon-fon, em especial no Sábado a partir das 22 horas, com a actuação dos 'Deolinda', embora a minha grande expectativa recaia sobre o anunciado 'Concurso de Grunhidos'... A ouvir vamos.
É tanto ou mais surpreendente a ausência de produção de prova no julgamento de Avelino Ferreira Torres, quanto é público ter sido o processo conduzido por um procurador Melhorado.
«PSD diz não definitivo à indicação de Jorge Miranda para provedor», garante o insuspeito Público, que acrescenta ser a irredutibilidade do PSD fundada «apenas no facto de não ter sido uma escolha dos social-democratas, uma posição de princípio de Manuela Ferreira Leite». Nada de pessoal, portanto. A questão é recolocada no plano dos princípios evitando-se uma melindrosa discussão sobre perfis e competências, capaz de ferir susceptibilidades.
Pacheco Pereira continua a escrever o argumentário do PSD para a noite das legislativas. Diz que é uma espécie de 'índice do situacionismo', mas cada vez mais se parece com a crónica de uma derrota anunciada. Pese embora a elevada craveira intelectual do autor, a teoria é facilmente entendível pelo comum dos mortais: não vivêssemos nós no mundo em que hoje vivemos e Manuela Ferreira Leite seria levada em ombros até S. Bento. Enfim, dá o PSD líderes destes a um povo que não os sabe apreciar. É do caraças!
Leio no Público que Marcelo Rebelo de Sousa está convicto de que a «mudança de estratégia» de Manuela Ferreira Leite - de resto, aconselhada pelo próprio há coisa de um mês - não deixará de se reflectir positivamente nos resultados das próximas sondagens e logo com um crescimento «entre quatro e cinco por cento», afiança o Professor. A este ritmo, lá para Junho ou Julho, é de esperar que o PSD se apresente com uma confortável maioria absoluta das intenções de voto.
A acreditar no prognóstico do Senhor Hans-Gert Poettering e na saudável convicção da Dra. Manuela, então o mandato do próximo Provedor de Justiça irá, na sua quase totalidade, coincidir com um virtuoso governo do PSD, saído das eleições legislativas de Outubro. Donde, a nova verdade laranja, ontem revelada pela líder do PSD, é válida apenas para os próximos sete meses, ou não será?
Em entrevista à revista Visão, Nascimento Rodrigues responsabiliza o PS pela falta de consenso quanto ao nome do seu sucessor, não se escusando a fazer um processo de intenção ao que considera ser o voraz «apetite» dos socialistas pelo 'seu' cargo, com o objectivo de alterar o «equilíbrio institucional do Conselho de Estado».
Se é certo que o impasse na escolha do próximo Provedor de Justiça não pode deixar de afectar negativamente o prestígio da instituição, com o violento ataque político-partidário que desfere contra o PS, o ainda titular do cargo parece disposto a acabar com o que resta desse prestígio.
Ficará, sem qualquer sombra de dúvida, mais este contributo para a sempre interessante reflexão sobre: O jornalismo e a proximidade do poder.
Manuel Alegre pode, numa ou noutra ocasião, ter mandado às urtigas a disciplina de voto no grupo parlamentar que livremente (ainda) integra. É verdade, já aconteceu. Pode até ter votado contra medidas do programa do governo (ao que julgo recordar-me, aprovado com o seu voto), pondo em causa uma maioria parlamentar legitimamente eleita pelos portugueses, pode. Pode achar que seria uma maçada levar, de novo, as suas divergências a votos, dentro do partido, agora que tem um milhão deles no alforge, e ele tem-los. E, claro, pode não ter descortinado qualquer interesse numa deslocação a Espinho, apenas para participar no congresso nacional do PS. Agora, ser atingido na sua dignidade, não tanto por um qualquer Lello, mas justamente por um dirigente nacional do Partido Socialista, isso é que não, nunca!!
Confesso, chega a ser enternecedora a forma como o sentimento de pertença subitamente se revela nestes pequenos desaguisados entre camaradas.
Se os quatro anos de governo de José Sócrates podem ser comparados a «uma espécie de longo intervalo publicitário» - A Verdade é assim, quer-se nua e crua (e se der um bom título, tanto melhor) -, então a liderança de Manuela Ferreira Leite teima em não passar de um 'Teaser', cujo programa tarda em ser conhecido.
Foi ontem votado na Assembleia da República um projecto de resolução, da autoria do PCP, no qual, entre outras medidas de combate à crise, se defendia a «... criação de condições para o controlo de grandes empresas dos sectores estratégicos no plano nacional, particularmente na energia, nas comunicações e nos transportes por via de nacionalização ou negociação adequada».
Em entrevista ao Expresso, Manuel Alegre confessa que se existisse a possibilidade de movimentos de cidadãos concorrerem nas eleições legislativas ele lá estaria com o seu MIC, contra o PS. Como essa possibilidade não existe, Alegre, está na contingência de ter de se candidatar contra o PS, nas listas do PS.
Como o próprio referiu, é uma questão de Valores e da sua necessária corporização em meia dúzia de lugares elegíveis. Tudo com muita «dignidade recíproca», fez questão de acrescentar.
Mesmo correndo o risco de me chamarem bafiento, ou de me acusarem de ter um estilo demasiado gongórico, devo confessar que me desagrada o excesso de familiaridade que a nova geração de protagonistas está a introduzir na vida política.
O uso e abuso do tratamento na segunda pessoa do singular e o abandono dos respeitosos vocativos - de que 'Vossa Excelência' é um bom exemplo - retiram alguma da necessária solenidade ao debate parlamentar.
No final da sessão de hoje da Bolsa de Valores de Lisboa, as acções do BES dispararam atingindo uma valorização de 32%, por escassos dois minutos. Foi-se a ver e tinha sido um erro na digitação de uma ordem de compra. A retoma vai ter de esperar.
Não foi assim há tanto tempo que Manuela Ferreira Leite 'anunciou' ao país a realização de uma cimeira histórica na qual os líderes dos 27 iriam discutir importantes medidas e soluções para a «crise económica em que Portugal também está envolvido». Foi na passada semana.
Confesso que na altura fiquei surpreendido com o que levei à conta de uma concessão da líder do PSD quanto ao carácter transfronteiriço da crise, ao deixar escapar que a crise «também» afecta o nosso país. Mesmo que fosse só para poder criticar a ausência de Sócrates na dita cimeira, ainda assim, a Dra. Manuela parecia reconhecer a dimensão internacional da crise e a importância de um discurso e de uma estratégia à escala europeia, para fazer frente aos seus efeitos.
É, pois, com alguma estranheza que hoje leio considerar a Dra. Manuela como extemporânea a apresentação do cabeça de lista do PSD às eleições europeias do próximo dia 7 de Junho, justamente com o argumento de que o debate sobre a Europa iria desviar as atenções do essencial: A crise. Parece que, para o PSD, afinal, a discussão sobre o papel dos governos e das instituições europeias no combate à actual crise internacional, como diria o outro, não é, para já, oportuna.
Não entendo, juro que não entendo, porque é que os principais adversários do PS criticam o que afirmam ser um excessiva personalização da estratégia de comunicação dos socialistas na figura de José Sócrates.
A ideia de o Partido Socialista apresentar como principal trunfo eleitoral o seu activo, alegadamente, mais depreciado deveria faze-los esfregarem as mãos de contentamento.
A Assembleia legislou, o Presidente apreciou e vetou, o Sistema funcionou. Assim: Com simplicidade democrática e normalidade constitucional. Pretender ver no exercício do direito de veto de Sua Excelência uma atitude intencional de afronta ao governo (ou cumplicidade nas promulgações), é menorizar o magistério presidencial de Cavaco Silva, quiçá injustamente.
Situacionismos à parte, JM Fernandes parece estar mais interessado na versão escrita do discurso de Sócrates, do que no comunicado da «cimeira extraordinária, extremamente importante para o país», que este Domingo se realizou em Bruxelas.